Lições da Crise_Artigo publicado no Jornal de Brasília (2 de junho)



As empresas adotarão muitas das mudanças adotadas na crise para ser mais competitivas depois

Situações extremamente desafiadoras tem o poder de tornar as pessoas mais resilientes e, em última instancia, mais fortalecidas. Esse é o conceito de antifrágil, que pode ser utilizado pelas empresas para serem mais eficientes nesse momento tão difícil.

Um dos chavões do mundo empresarial, graças às startups, é o “não pense na sua solução e sim nos problemas do mercado”. É esse o ponto de ignição da maior parte das empresas que inovaram e venceram nos últimos anos.
E estamos passando por um grave problema, de escala planetária, com o Covid-19. Não é necessário discorrer sobre a gravidade da crise, mas ainda não sabemos seus horizontes, ainda bem indefinidos.

Não há como delimitar o tempo total de afetação da economia e a subsequente recuperação, nem o alcance de mortos e doentes. Mas já é possível cravar mudanças que já estavam em curso na sociedade e que serão incorporadas por uma boa parte das empresas nos pós crise.

Estamos falando de home office, videoconferências, iniciativas de capacitação pelas redes sociais, marketing digital, e-commerce e o hábito de teste de muitas soluções digitais.

Já nas relações de consumo, tem prevalecido customizações, flexibilizações e novos canais de venda e relacionamento que focam na resolução dos problemas e dores da população encurralada e amedrontada.

Relacionar-se e gerar valor para clientes é mais figura de retórica do que realidade para grande parte das empresas. Mas esse é um momento de buscar se conectar com as pessoas, seus anseios e tentar ao máximo encantá-los e fidelizá-los.

O ponto é saber o tamanho dessa alavancagem, porque não restam dúvidas de que viveremos anos de transformação digital em meses. Mas, lamentavelmente, num contexto de extrema apreensão e sofrimento.


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